Câmara de SP faz votação final do projeto de lei para privatização da Sabesp nesta quinta

  • 02/05/2024
(Foto: Reprodução)
Proposta que prevê adesão da capital foi aprovada em primeira votação em 17 de abril. Parlamentares da oposição entraram com ação para suspender a segunda votação até que todas as audiências públicas fossem realizadas e o relatório de impacto orçamentário, entregue. TJ negou pedido na terça-feira (30). Sabesp Divulgação/Sabesp A Câmara Municipal de São Paulo fará a segunda e última votação do projeto de lei que viabiliza a privatização da Sabesp na capital nesta quinta-feira (2). A informação foi confirmada pelo vereador João Jorge (MDB), primeiro-vice-presidente da Casa, durante a reunião do Colégio de Líderes na terça (30). Em 17 de abril, a proposta foi aprovada em primeira votação pelo placar de 36 votos favoráveis e 18 contrários. A sessão ocorreu em meio a manifestações na galeria e discussões entre vereadores. A partir das 11h, ocorrerá na Câmara a última audiência pública para apresentação final do projeto à população. E a votação está prevista para acontecer durante a sessão plenária que começa às 15h. O presidente da Casa, o vereador Milton Leite (União Brasil), acredita que o projeto será aprovado, mesmo sob protesto e pressão, durante a noite. Parte dos vereadores, entretanto, acredita que a votação pode se estender até sexta ou até mesmo sábado. "Imprevisível", disse Milton Leite à GloboNews. O texto aprovado contém mudanças na lei municipal para permitir que a capital mantenha o contrato de fornecimento com a empresa mesmo depois da venda. O projeto de lei que propôs a privatização da empresa pública foi aprovado pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em dezembro de 2023 e sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no mesmo mês. LEIA MAIS: Audiência pública sobre privatização da Sabesp gera protestos e tumulto na Câmara de SP; um homem é detido Em 18 de abril, as bancadas do PSOL e do PT entraram com um pedido para suspender a segunda votação até que todas as audiências públicas fossem realizadas. Os parlamentares da oposição também questionavam o estudo de impacto orçamentário - de apenas quatro páginas - enviado pelo secretário da Casa Civil, Fabrício Cobra Arbex, ao presidente da Câmara na última sexta-feira (26). No documento, o secretário afirma que "a posposta legislativa não cria qualquer nova despesa ou implica qualquer renúncia de receita para o município", pois a prefeitura não tem participação acionária na Sabesp. O estudo orçamentário foi uma demanda da juíza Celina Kiyomi Toyoshima em outra ação impetrada pela Defensoria Pública de São Paulo (leia mais abaixo). Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Entretanto, nesta terça-feira (30), a magistrada negou o pedido dos vereadores e afirmou "que não há sequer sentença a ser executada". Determinação judicial De acordo com a manifestação da Defensoria Pública de São Paulo, o calendário divulgado propôs a realização de sete audiências públicas a serem realizadas entre os dias 15 e 27 de abril de 2024. No entanto, em 16 de abril, entre a primeira e a segunda audiências públicas, foi noticiado que iria ocorrer a primeira de votação (primeira de duas) no dia seguinte, 17. Portanto, no dia da segunda audiência pública também ocorreu a votação do projeto de lei, inviabilizando a participação popular. Em sessão na Câmara na semana passada, Milton Leite alegou que os trâmites legais estão sendo cumpridos e não há violação da determinação. "Nós estamos cumprindo os trâmites legais. Não foi determinada a interrupção do processo, portanto, seguimos com plena tranquilidade." Primeira votação Vereadores que votaram a favor e contra a privatização da Sabesp nesta quarta-feira (17). Divulgação/Rede Câmara A primeira votação foi marcada por provocações entre os parlamentares. Nas galerias, manifestantes em diversos momentos vaiaram vereadores favoráveis ao projeto, com gritos contra a privatização. Veja os vereadores que votaram a favor da privatização da Sabesp na cidade de SP em 1° turno, e contra a proposta Milton Leite pediu silêncio aos manifestantes e ameaçou acionar a GCM para retirar o grupo do local. Rubinho Alves (União Brasil), relator do projeto de lei, chegou a afirmar que estava faltando "bala de borracha" para os manifestantes (veja abaixo). Homem contrário à privatização da Sabesp é detido durante audiência da Câmara de SP A Sabesp Manifestação durante audiência pública do projeto de lei para a privatização da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo Bruno Escolástico/E.Fotografia/Estadão Conteúdo Atualmente, metade das ações da empresa está sob controle privado, sendo que parte é negociada na bolsa de valores B3 e parte na Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos. O governo de São Paulo é o acionista majoritário, com 50,3% do controle da empresa. O projeto, já aprovado na Alesp, prevê a venda da maior parte dessas ações, com o governo mantendo poder de veto em algumas decisões. Em 2022, a empresa registrou lucro de R$ 3,1 bilhões. Desse montante, 25% foram revertidos como dividendos aos acionistas, R$ 741,3 milhões e R$ 5,4 bilhões, destinados a investimentos. Atendendo, 375 municípios com 28 milhões de clientes, o valor de mercado da empresa chegou, em 2022, a R$ 39,1 bilhões.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/05/02/camara-de-sp-faz-votacao-final-do-projeto-de-lei-para-privatizacao-da-sabesp-nesta-quinta.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Anunciantes